Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos originais

v. 8 n. 1 (2023): Revista Perspectiva: Ciência e Saúde

A COMPREENSÃO DO PACIENTE PNEUMOPATA SOBRE O SEU ESTADO DE SAÚDE

  • Mayara Cristina Lima Martins
  • Márcia Cardinalle Correia Viana
  • Cíntia Maria Torres Rocha-Silva
  • Germana Albuquerque Costa Zanotelli
  • Lucas Sarmento Rocha
Enviado
26 April 2024
Publicado
26-04-2024

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças respiratórias representam um relevante problema de saúde pública devido sua incidência, morbimortalidade, impacto social e econômico. No Brasil, a atenção primária à saúde é a porta de entrada dos outros sistemas de saúde, através da prevenção e promoção direcionada a pacientes é fundamental para o acesso as informações sobre sua patologia e as mudanças físicas e psicológicas provocadas pelas doenças.

OBJETIVO: Conhecer a compreensão do paciente pneumopata sobre seu estado de saúde.

MATERIAIS E METODOS: Estudo descritivo e quantitativo, realizado na Clínica Escola de Saúde (CES) do Centro Universitário Christus. Foram aplicados 40 formulários, contendo 10 questões, no período de setembro a dezembro de 2020, que avaliam o acesso a informações sobre a patologia.

RESULTADOS: Foram entrevistados 40 pacientes, destes, 55% eram do gênero masculino, com idade entre 23 e 89 anos e média de 54 anos. Dentre as patologias pulmonares, 40% eram portadores de DPOC. A grande maioria dos participantes alegaram não ter mudanças ou impactos nos aspectos emocionais e sociais. Em relação aos sintomas que limitam a funcionalidade, a dispneia (40%) e a fadiga (35%) foram as mais relatas. Sobre o conhecimento dos benefícios da Fisioterapia respiratória 62,5% não conhece atuação dessa área. Já em momentos de crise das patologias 40% usam medicamentos, e caso não melhorem procuram o hospital. A maioria (52,2%) não obteve acesso à informação com profissional de saúde sobre sua condição de saúde.

CONCLUSÃO: A educação em saúde torna participação ativa do paciente pneumopata no autocuidado e na compreensão sobre sua doença. Medidas efetivas de acesso a informações por meio de prevenção e promoção à saúde promove qualidade de vida e influenciam de forma direta na adesão do tratamento, tornando-se necessário maior aporte de profissionais da área da saúde voltados para dar maior assistência primária aos pacientes pneumopatas.

Referências

  1. Gouvea ECDP. et al. Vigilância em Saúde no Brasil 2003|2009: da criação da Secretaria de Vigilância em Saúde aos dias atuais. Secretaria de Vigilância em Saúde. [Boletim epidemiológico]. 2019; 50 (n. especial).
  2. Disponível: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/25/boletim-especial-21ago19-web.pdf [2020 jun 16].
  3. BRASIL. Panorama da vigilância de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2018. Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde. [Boletim epidemiológico];2019;9 50(40). Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/03/Boletim-epidemiologico-SVS-40.pdf [2020 jul 02].
  4. BRASIL. Perfil da morbimortalidade por doenças respiratórias crônicas no Brasil, 2003 a 2013, Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde. [Boletim epidemiológico];2016; 47(19). Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/06/2015-026-doencas-respiratorias-cronicas.pdf [2020 jul 02]
  5. Soto PHT, Raitz GM, Bolsoni LL, Costa CKF, Yamaguchi UM, Massuda EM. Morbidades e custos hospitalares do Sistema Único de Saúde para doenças crônicas. Revista Rene. 2015; v. 16: 567-75.
  6. http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/14469
  7. Conde MB. As doenças respiratórias e a atenção primária á saúde. Resu- Revista Educação em Saúde. 2015; 3: 58-63.
  8. http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/educacaoemsaude/article/view/1386/1268
  9. Azevedo ALS, Silva RA, Tomasi E, Quevedo LA. Doenças crônicas e qualidade de vida na atenção primária à saúde. Cad. Saúde Pública. 2013; v.29:1774-1782.
  10. https://www.scielo.br/j/csp/a/sfCn4TCdsFMXBMjzFxpzDTD/?lang=pt&format=pdf
  11. Silva GL, Melo EV. Avaliação da capacidade funcional e dispneia em pneumopatas obstrutivos crônicos. Portuguese Reon Facema. 2018; v.4: 1289-1294.
  12. http://www.facema.edu.br/ojs/index.php/ReOnFacema/article/view/562
  13. Alves ACGM, Ramos APVM, Paixão BO, Freitas JF, Garib JR, Freitas NC. Avaliação da repercussão dos sintomas depressivos na qualidade de vida de pacientes com DPOC. Revista Médica. 2019; v. 98: 374-81.
  14. https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/155245
  15. Lovison K, Taglietti M, Concicovski D, Medeiro KC, Busatta BB, Tori FS. Correlação da função pulmonar, qualidade de vida e grau de dispneia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. FAG Journal of Health. 2019 out 10; cad 2 : 176.
  16. https://doi.org/10.35984/fjh.v1i3.106
  17. Cukier AG, et al; Variabilidade dos sintomas diários de pacientes com DPOC estável no Brasil: um estudo observacional de vida real. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2020 set 8; cad 3 : 1.
  18. https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20190223
  19. Berton DC, Mendes NBS, Olivo-Neto P, Benedetto IG, Gazzana MB. Abordagem pneumológica na investigação de dispneia crônica inexplicada. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2021 out 8; cad 1 : 1.
  20. https://dx.doi.org/10.36416/1806-3756/e20200406
  21. Araújo CS, Lisboa1 CM, Morais LA, Vento DA. Avaliação do grau de dispneia do portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pela Escala de Dispneia – Medical Research Council. II Congresso de Ens. Pesq. Ext. da UEG. 2016; 3 : 1-5.
  22. https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/6787/4433#:~:text=A%20escala%20de%20dispneia%20Medical,de%20estrat%C3%A9gias%20para%20minimizar%20o
  23. Olímpio SC, Marques MG, Moura VMS, Araújo CS, Alcantâra E, Vento DA. Modified Medical Research Council e sua relação com variáveis respiratórias e o tempo de internação em pacientes hospitalizados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. 2019; v. 23: 485-492.
  24. https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/resource/pt/biblio-1049474?src=similardocs
  25. Cruz DM, Ohara DG, Castro SS, Jamami M. Internações hospitalares, óbitos, custos com doenças respiratórias e sua relação com alterações climáticas no município de São Carlos - SP, Brasil. Medicina (Ribeirão Preto). 2019; 3 : 248 - 257. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v49i3p248-257
  26. Souza DK, Peixoto SV. Estudo descritivo da evolução dos gastos com internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária no Brasil, 2000-2013. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017; 26 : 285-294.doi: 10.5123/S1679-49742017000200006
  27. Dias SM, Gomes MS, Gomes HG, Medeiros JSN, Ferraz LP, Pontes FL. Perfil das internações hospitalares no Brasil no período de 2013 a 2017. R. Interd. 2017; v. 10: 96-104.
  28. https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/1322
  29. Chaves AEA, Moais GA, Gurgel KOB, Reis MC, Geraldo PFT, Quintão TMG. Avaliação do autoconhecimento sobre comorbidades em pacientes tratados ambulatoriamente. Revista Médica de Minas Gerais. 2018; v.28: 19-26.
  30. http://www.rmmg.org/exportar-pdf/2303/v28s4a04.pdf
  31. QUEIROZ M.C et al; Knowledge about COPD among users of primary health care services. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. v.10,p:1-6, 2015.
  32. Alcântara EC et al. Multidisciplinary education with a focus on COPD in primary health care. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2019 out 29; cad 6 : 1.
  33. https://doi.org/10.1590/1806-3713/e2018-0230
  34. Almeid JTS, Schneider LF. A importância da atuação fisioterapêutica para manter a qualidade de vida dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica –DPOC. Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente. 2019; v. 10:167-176.
  35. http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/795
  36. Goërtz YMJ, Vaesa AW, Spruit MA. DPOC e reabilitação pulmonar: novos achados provenientes do Brasil. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2021 jan 8. cad 6 : 1.
  37. https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20200596
  38. Mazzoli-Rocha F, Costa LC, Oliveira CF. Assistência aos pacientes com doenças respiratórias crônicas: adequada ou precária?. Revista Presença. 2017; v. 2: 1-8.
  39. http://revistapresenca.celsolisboa.edu.br/index.php/numerohum/article/view/121