O presente estudo descreve a adesão e estuda os efeitos do apoio social para esse tratamento; também investiga a extensão em que outras condições sociais, econômicas, terapêuticas e de saúde influenciam na adesão. Participaram do estudo 140 pacientes do SAE-Canoas-RS, portadores do vírus HIV, acompanhados em uma coorte prospectiva de 6 meses, sendo a primeira coleta de dados realizada após uma avaliação clínica (Tempo 0); e a segunda foi realizada para avaliar a adesão ao tratamento (Tempo 1). A percentagem de adesão foi obtida em consulta aos prontuários dos participantes, onde as seguintes informações foram comparadas entre os tempos 0 e 1 (coleta final dos dados): a carga viral (relação CD4/CD8) e o número de infecções secundárias. Esse projeto foi aprovado pela Secretaria Municipal da Saúde de Canoas e ao comitê de ética (Unilasalle-Canoas). A percepção de apoio social foi dividida em dois níveis (alto ≥ mediana; baixo < mediana). Considerando esses dois níveis, a percentagem dos não aderentes foi de 50% (n=62/124). Entre os grupos de aderentes e não aderentes, não houve evidência de diferença entre as médias nos dois níveis de apoio social (t = - 1,896; p=0,060). Portanto, informações sobre a percepção de apoio social para adesão ao tratamento podem ser importantes, pois a chance de adesão é maior quando o escore dessa medida aumenta em uma unidade.