O presente artigo discorre sobre a presença de sutilezas em discursos que envolvem a temática de preconceitos raciais, veiculados em redes sociais, as quais passam desapercebidas por leitores e/ou ouvintes menos atentos. Tem como objetivo observar os estímulos que levam à realização de discursos racistas. Desenvolveram-se leituras de outros estudos com análise do discurso e questões envolvendo preconceitos racistas explícitos ou demonstrados a partir de sutilezas discursivas. O referencial teórico foi articulado a teorias discursivas sobre marcas de poder no discurso com enfoque no racismo (van Djik 2013 e outros) e seu efeito na sociedade. Foram analisados trechos de comentários escritos por uma mesma autora, veiculados nas redes sociais e que viraram notícia; tais comentários foram divulgados em momentos diferentes. Observaram-se as sutilezas racistas presentes no discurso desses comentários, exaltando-se as diferentes perspectivas de cada momento em que cada um foi veiculado. Pode-se dizer que, mesmo que o preconceito não necessariamente seja assumido em público, ainda está presente nos mais diversos meios, em discursos visivelmente carregados de ódio ou expresso nas entrelinhas de discursos que se dizem defensores de igualdades, mas que acabam sendo pseudomoralistas.