
O presente artigo versa sobre a representação construída pelas professoras, do processo de escolarização de alunos medicalizados. É importante pontuar, que partimos da concepção que a medicalização da Educação, iniciada predominantemente sob o viés médico e do seu uso para o controle social, hoje envolve outros interesses, tais como: científicos, políticos e econômicos, que tornaram esse processo um dos maiores fenômenos da contemporaneidade, a medicalização da sociedade. Nesse sentido, apresentamos como problema de pesquisa: quais são as representações do processo de escolarização de alunos medicalizados, construídas pelas professoras de escolas públicas? Para responder esse problema, realizamos uma análise qualitativa das respostas escritas pelas professoras. O texto está organizado em três seções, além da Introdução e das Considerações Finais. Em nossa reflexão, percebemos que o discurso pedagógico não pode somente concordar e repetir o discurso médico, apoiando a medicalização sem antes pensar em alternativas. Nesse sentido, o papel da escola é refletir e analisar as alternativas pedagógicas existentes para os educandos, levando em consideração sua cultura e o seu processo histórico. Portanto, é importante ressaltar, que o encaminhamento para a área da saúde não transfere a responsabilidade da instituição escolar que é a construção de conhecimento.