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Artigos de revisão

v. 3 n. 2 (2018): Revista Perspectiva: Ciência e Saúde

REVISÃO DE PADRÕES ERGONÔMICOS NA REDE DE ENSINO ESCOLAR

  • Maria Amélia Bagatini
  • Carolaine Guedes dos Santos
  • Joana Borges Lima Sena
  • Milena de Oliveira Bastos
  • Philipe Souza Corrêa
  • Tatiana Cecagno Galvan
  • Carolina Pacheco de Freitas Thomazi
Enviado
24 April 2024
Publicado
24-04-2024

Resumo

Os ambientes escolares têm como obrigação ofertar condições positivas, porém principalmente nas escolas públicas, a baixa preocupação ergonômica diminui os valores investidos no mobiliário escolar, não levando em consideração a adaptação ao aluno e professores. O presente estudo teve como objetivo avaliar a acessibilidade ergonômica nas escolas públicas, buscando identificar fatores capazes de influenciar na saúde dos funcionários e alunos dessas escolas. Baseou-se em estudos por meio de pesquisas bibliográficas em estudos acadêmicos, livros e materiais legislativos, ilustrando a importância da acessibilidade e da ergonomia dentro do ambiente escolar, para assim ter uma diminuição dos problemas posturais e acidentes durante o deslocamento dentro desses ambientes. Foram utilizados livros de cunho legislativo, acessibilidade e inclusão, pesquisas em artigos de acesso gratuito - Scielo, PubMed, Google acadêmico -, buscas de materiais realizadas via internet em materiais legislativos - Subchefia para assuntos jurídicos - disponíveis pelo governo e legislação básica da educação – Ministério da educação -,  incluindo estudos relevantes para o assunto. Embora tenhamos leis e normas específicas para uma adequada acessibilidade e ergonomia em qualquer ambiente social, o nível de acessibilidade oferecida principalmente em ambientes escolares é precário na maioria das vezes, principalmente nos quesitos acessibilidade, ergonomia escolar e prevenção de acidentes. Nesses casos, o cumprimento das legislações se faz presente apenas em algumas redes privadas. Concluindo, a participação da ergonomia no planejamento do mobiliário escolar é de suma importância, a partir de uma política intervencionista no ambiente escolar, visando melhorias nas condições de ensino e aprendizagem. Práticas de prevenções, adaptações e adequações de mobiliários e do ambiente de ensino, tornam-se necessárias para um melhor desempenho educacional de professores e alunos.

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