Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos originais

v. 2 n. 2 (2017): Revista Perspectiva: Ciência e Saúde

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VITIMAS DE AFOGAMENTO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

  • Gabriel Almeida Gomes
  • Débora Biffi
  • Vinicius Ribeiro
Enviado
23 April 2024
Publicado
23-04-2024

Resumo

Este trabalho teve o intuito de identificar o perfil epidemiológico das vítimas de afogamento do Estado do Rio Grande do Sul, na temporada de verão de 2016/17, através das ocorrências de salvamentos aquáticos efetuados pelos salva-vidas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul (CBMRS). Trata-se de um estudo transversal: a coleta de dados foi realizada através da análise das ocorrências de afogamento, durante a temporada de verão, nos meses de dezembro a fevereiro de 2016/17, os dados foram categorizados em uma planilha do Microsoft Excel 97-2003 e apresentados na forma de tabelas e gráficos. Durante a temporada de verão 2016/17 houve 1.555 ocorrências de salvamento a vítimas de afogamento no Rio Grande do Sul, do total de ocorrências registradas, 1541(90%), foram vítimas não fatais e 14(10%) vítimas fatais; quanto ao gênero, 1.036 (66,62%) eram do sexo masculino; à faixa etária, predomi­naram as idades de 11-15 anos 374 (24,05%), seguidos de 16-20 anos 286 (18,39%). Com relação ao mês, janeiro predominou com 909 (58,46%) ocorrências, com maior número de atendimentos aos domingos 560(46,67%), entre os horários das 16h31min às 19h 546, a cidade de Torres prevaleceu com o maior número de atendimentos 231(14,86%). A partir da análise dos dados é possível afirmar que as mortes por afogamento representam um número significativo por causas externas, e atingem principalmente a população em estudo, crianças e adolescentes. Devido à grande parcela de jovens que foram identificados entre as vítimas, é imprescindível a elaboração de programas de prevenção ao afogamento no ambiente escolar, palestras, oficinas e orientações durante o ano letivo nas escolas poderiam significar, consequentemente, uma grande possibilidade de redução dessas ocorrências. Essas medidas preventivas serão capazes de evitar casos de afogamento e atuar tanto na redução da mortalidade quanto da morbidade entre suas vítimas.

Referências

  1. SILVA, M.P. Panorama das mortes por afogamento de crianças e adolescentes em Salvador, Bahia. Salvador: MP, 2015
  2. OMS. Relatório Global sobre afogamentos por submersão: prevenir a principal causa de morte. Instituto Nacional de Saúde, 2014
  3. PHTLS/NEEMT. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Elsevier, 2011, e.7, p 896
  4. SILVA, P. W. Prevenção de Afogamentos: Aulas de Natação, o Campo Propicio para Aplicar as Medidas Preventivas e de Sobrevivência Aquática, Minimizando os Possíveis Danos Causados por Este Acidente. Campina Grande:PB, 2014
  5. SEGUNDO, S.A.D.,SAMPAIO, M.C. Perfil epidemiológico dosafogamentos em praias de Salvador, Bahia.Epidmiol. Serv. Saúde, Brasília, 2012, e. 24, e. 1, pp31-38
  6. SZPILMAN, D. Afogamento:Perfil Epidemiológico no Brasil no Ano de 2010. Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, 2012
  7. SALES RCC, Lima AB. Aspectos epidemiológicos dos afogamentos no município de Fortaleza. In: Congreso Internacional de Salvamento y Socorrismo; 2012 nov 30- dic 2; Carballo, España. ´
  8. SCHINDA, A., DEITOS, R.A. Estado e Políticas Públicas: Epidemiologia de Afogamento no Estado do Paraná. Uni. Est. De Maringá,2013