
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida da população brasileira é de cerca de 75 anos e com isso, observa-se uma inversão da pirâmide etária nos próximos anos, com uma grande parcela de idosos. A polifarmácia é uma intercorrência comum entre idosos, visto que o aumento da expectativa de vida e o estabelecimento de doenças crônicas são fatos que ocorrem comumente. A polifarmácia em idosos se caracteriza pela soma do uso de diferentes medicamentos (prescritos e não prescritos), incluindo os medicamentos fitoterápicos e chás a partir de plantas medicinais e não medicinais. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o uso da polifarmácia e os medicamentos potencialmente inapropriados prescritos para idosos (17) participantes do projeto Melhor Atividade da UNICNEC Osório. Para tanto, foi realizada uma anamnese detalhada de estilo de vida e análise da terapia medicamentosa, onde foram verificadas interações entre medicamentos pelos sites RXlist e drugs.com. Durante estudo, foi constatado que uma atenção à farmacoterapia é necessária, pois um acompanhamento periódico evita que ocorram interações medicamentosas significativas, o que foi observado em cerca de 46% dos pacientes. Além disso, o mesmo paciente que é polimedicado passa por consultas com profissionais diferentes e, durante anamnese, foi observado que muitos não levam as prescrições antigas nas novas consultas. O uso de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) também é uma temática importante pois como o acesso é fácil, muitos os utilizam de maneira indiscriminada, potencializando o risco de interações graves como, por exemplo, a associação de Ginkgo biloba com anti-inflamatórios não esteroidais, intensifica o risco de sangramento. O farmacêutico é de extrema importância no acompanhamento a saúde de pacientes idosos. Dessa forma, utilizando do conhecimento farmacêutico e análise de dados, foi possível proporcionar uma educação direcionada ao uso racional de medicamentos objetivando uma terceira idade mais próspera e segura.