Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos originais

v. 5 n. 2 (2020): Revista Perspectiva: Ciência e Saúde

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E DE SAÚDE DE PACIENTES DIABÉTICOS E/OU HIPERTENSOS

  • Nilson Vieira Pinto
  • Rosimeire Monteiro Santos
  • Vaniele Maciel Silva
  • Jayane Mara Rosendo Lopes
  • Lidalvane Silva Lopes
  • Raquel Felipe de Vasconcelos
Enviado
24 April 2024
Publicado
24-04-2024

Resumo

Estudos de caracterização epidemiológica são fundamentais para direcionar futuras estratégias de prevenção e terapêutica em saúde. Este estudo teve por objetivo identificar os aspectos demográficos, socioeconômicos e nutricionais da diabetes mellitus e da hipertensão arterial sistêmica em pacientes praticantes de atividade física assistidos pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família de Canindé, Ceará. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, que avaliou pacientes diabéticos e/ou hipertensos, com idade média de 65,69(±6,3) anos. As informações foram coletadas mediante formulário estruturado e a caracterização socioeconômica através do questionário classificatório. Os exames sanguíneos foram realizados no laboratório de análises clínicas vinculado a unidade básica de saúde. Caracterizou-se um grupo constituído predominantemente por mulheres idosas (84,9%), casadas (52,8%), com baixa escolaridade (100%) e pertencentes à classe C (13,2%), D (32,1%) e E (54,7%), com renda familiar de um salário mínimo (77,4%). Nas relações comportamentais, apresentam um alto consumo de carboidratos de baixo valor nutricional. Entre as comorbidades identificadas estão à dislipidemia (50,9%) e a doença coronária (7,5%). Os pacientes hipertensos apresentaram valores glicêmicos normais (90,9±4,23), embora elevados no colesterol total (hipertensos: 203,7±43,21; diabéticos e hipertensos: 222,4±48,76) e na concentração de triglicerídeos (hipertensos: 204,5±98,33; diabéticos e hipertensos: 243,1±97,23). Esta alteração nos níveis lipídicos não foi identificada nos pacientes exclusivamente diabéticos. Foram caracterizados idosos com baixa escolaridade e condição socioeconômica, maus hábitos nutricionais e com distúrbios lipídicos.

Referências

  1. Goulart, FAA. Doenças crônicas não transmissíveis: estratégias de controle e desafios e para os sistemas de saúde. – Brasília-DF, 2011.
  2. ANS. Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na
  3. saúde suplementar / Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). – 3. ed.
  4. rev. e atual. – Rio de Janeiro: ANS, 2009.
  5. Iser BPM, Stopa SR, Chueiri OS, Szwarcwald CL, Malta DC, Monteiro HOC, et al. Prevalência de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, 2015; 24(2):305-314.
  6. Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Dia mundial do Diabetes. Secretaria da Saúde. Disponível em:
  7. Andrade AO, Aguiar MIF, Almeida PC, Chaves ES, Araújo NVSS, De Freitas Neto JB. Prevalência da hipertensão arterial e fatores associados em idosos. Rev Bras Promoç Saúde, 2014; 27(3):303-311.
  8. Malfatti CRM, Assunção AN. Hipertensão arterial e diabetes na Estratégia de Saúde da Família: uma análise da frequência de acompanhamento pelas equipes de Saúde da Família. Ciênc. Saúde Coletiva, 2011; 16(1):1383-1388.
  9. Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado. Critério de Classificação Socioeconômico do Brasil (CCSEB). São Paulo, SP: Autor; 2008.
  10. De Medeiros PA, Streit IA, Sandreschi PF, Fortunato AR, Mazo GZ. Participação masculina em modalidades de atividades físicas de um Programa para idosos: um estudo longitudinal. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2014; 19(8): 3479-3488.
  11. Souza Neto VL, Sousa MJF, Medeiros MVS, Filho JJ, Virgolino FS. As características sociais e epidemiológicas dos diabéticos assistidos na atenção primária a saúde. Rev Enferm UFPI, 2014; 3(1):65-71.
  12. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2012-2013. São Paulo: Guanabara Koogan; 2013.
  13. Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Hipertensao; Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. [online], v. 95, n. 1, 2010.
  14. Teixeira CRS, Arrelias CCA, Zanetti ACG, Gonela JT, Miyar L, Franco RC. Consumo de álcool e problemas emocionais relacionados ao diabetes mellitus. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, 2014; 10(1):11-16.
  15. Brasil. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
  16. Salem MA, Aboelasrar MA, Elbarbary NS, Elhilaly RA, Refaat YM. Is exercise a therapeutic tool for improvement of cardiovascular risk factors in adolescents with type 1 diabetes mellitus? A randomised controlled trial. Diabetol Metab Syndr, 2010; 2(1):47.
  17. Luis MV, Lima JMN, Bachion MM, Lima LDC, Moreira VM. Impacto da prática regular de dança no perfil glicêmico e lipídico de idosas hipertensas: um relato de experiência sobre educação em saúde no município de Quirinópolis-GO. Praxia-Revista on line de Educação Física da UEG, 2013; 1(3):103-115.
  18. Paulino H, Aguiar REM, Teixeira CLS, Santos GMD, Ferreira S E, Pauli JR, et al. Efeitos do treinamento concorrente sobre aspectos bioquímicos, antropométricos, funcionais e hemodinâmicos de mulheres diabéticas do tipo 2. RBM Rev. Bras. Med., 2015; 72(3):65-69.
  19. Gontijo MF, Ribeiro AQ, Klein CH, Rozenfeld S, Acurcio FA. Uso de anti-hipertensivos e antidiabéticos por idosos: inquérito em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, 2012; 28(7):1337-1346.
  20. Manso MEG, Biffi ECA, Gerardi TJ. Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, 2015; 18(1):151-164.